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Aguarela de Júlia Pintão
(esta artista tem várias ilustrações nos livros de Alexandre Pinheiro Torres)
(D. Luís recebeu-o muito bem e teve palavras amigas para o benemérito poveiro - Cego do Maio que, por seu turno, quis retribuir, entregando-lhe um lenço com beijinhos da praia da Póvoa:
- Trago isto para os seus cachopos!
Depois de uma enorme pesquisa encontrei no livro "Epopeia dos Humildes" publicado
em 1952 pelo grande historiador poveiro António Santos Graça o local onde o Cego do Maio
nasceu, viveu e morreu.
Uma modesta casinha na praia da Fabita, bem frente ao mar, ao abrir o postigo da porta de sua
casa, via sempre, lá adiante, entre a penedia trágica do sul da enseada, as fatídicas pedras Mobelhe e Extremundes.
Assim esta casa ficava situada na fronteira da P.V. e V.C. , sendo considerado por todo o país:
Admirável lobo marinho da praia da Fabita.
2 comentários:
Com efeito, a pesquisa da minha amiga Áurea (António Santos Graça - 1952- historiador de mérito), vem ao encontro das minhas dúvidas, ou seja, atendendo a que a actual Poça da Barca (freguesia de Vila do Conde)faz fronteira com a Póvoa de Vrazim, julgo vir daí a ideia que o Cego do Maio teria nascido exactamente na referida Poça da Barca. Porém, e sem qualquer tipo de rivalidade, admito que na época do Cego do Maio fosse esse lugar atribuido à Póvoa, e daí a minha "confusão". E obrigado pelos teus esclarecimentos.
José Novais
A opinião de Santos Graça - esse grande poveiro - não me espanta.
O que me espanta é a Favita ser "na fronteira entre V.C. e P.V.".
Na fronteira? Como? a porta era em VC e a cozinha na PV?
Reconheçamos, isso sim, é que os pescadores das nossas duas terras eram, muitas vezes, denominados "pescadores poveiros" e que o Cego do Maio se assumiu como poveiro.
E dos melhores de sempre!
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